“Minha relação é de paixão, amor e ódio. Parece brincadeira, mas eu acho a escolha do desenho algo muito específico, me pego pensando e percebo que na realidade não sou eu que escolho o desenho e sim ele me escolhe”. <\/p>\n

Como você descobriu a sua paixão pela literatura em todas as suas formas?<\/strong><\/h2>\n

“A literatura está por trás de todos os projetos, ela está presente em toda narrativa, então o exercício da prosa se junta ao processo de contar as histórias através das imagens. Mesmo quando eu preciso escrever um roteiro, como de uma HQ e Animação, às vezes faço tudo isso desenhando, e tenho a impressão que para quem vive desse tipo de linguagem, ao longo da vida acaba criando uma intimidade muito grande”. <\/p>\n

“Sempre fica muito mais fácil contar uma história de forma “visual”, já que o desenho é a primeira linguagem que temos acesso, mesmo que de forma empírica, por exemplo: quando criança desenhamos um cachorro e acaba não ficando nada parecido, mas com o tempo vamos afinando essa forma de comunicação”. <\/p>\n

Como você começou a escrever HQs?<\/strong> <\/h2>\n

“Comecei com os meus 14 anos, escrevendo fanzines, não é algo que que tinha muito glamour, mas fez parte do meu desenvolvimento profissional. Depois, comecei a fazer quadrinhos de forma independente e manual, tudo na máquina de xerox. E consequentemente acabei indo para a publicidade, produzindo muitas cartilhas de treinamento interno de empresa, utilizando a linguagem dos quadrinhos para gerar conscientização dentro do local de trabalho”.  <\/p>\n

Você sempre soube que queria seguir carreira dentro do mundo dos quadrinhos?<\/strong><\/h2>\n

“No início eu tive um grande incentivo por parte da minha família a trilhar por caminhos mais tradicionais, em profissões mais comuns que pudessem de certa forma trazer um retorno mais rápido. Mas na minha geração os quadrinhos foi algo que me encantou, mesmo sendo muito difícil de achar alguma possibilidade de trabalhar no ramo”. <\/p>\n

“Por isso é sempre bom ressaltar sobre o cenário de hoje, onde os desenhistas conseguem chegar de forma independente e muitos recebem impulsos para investir e dar oportunidades para novos artistas”. <\/p>\n

Qual é o momento mais marcante da sua carreira e por quê? <\/strong><\/h2>\n

“Não costumo ser muito saudosista, mas é impossível não mencionar o prêmio que recebi do Anima Mundi em 2001, devido a uma Websérie para Cybercomics. Foi definitivamente um marco de certeza que eu estava no caminho certo, que era esse o meu propósito”. <\/p>\n

“E é uma pena que hoje o Anima Mundi tenha perdido patrocínio, é muito triste ver esses eventos, tão importantes perdendo força. O mais importante é que esse tipo de festival continue, pois assim como abriu portas para mim, eu desejo que abra portas para outros artistas também”. <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A leitura de histórias em quadrinhos proporciona sempre uma emocionante e divertida experiência. Com cenas épicas e desenvolvimentos marcantes, as HQs acabam tornando a experiência literária mais atraente e interativa. Essas histórias possuem os fundamentos básicos das narrativas: enredo, personagens, tempo, lugar e desfecho. No geral, apresentam linguagem verbal e não-verbal. Os artistas utilizam diversos […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":41051,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_joinchat":[],"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"class_list":{"0":"post-36828","1":"post","2":"type-post","3":"status-publish","4":"format-standard","5":"has-post-thumbnail","7":"category-geral"},"yoast_head":"\n