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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/alphafm/novo.alphafm.com.br/wp-includes/functions.php on line 6114Ap\u00f3s cinco anos, o Angra lan\u00e7a na pr\u00f3xima sexta-feira (3) – n\u00e3o intencionalmente, no mesmo dia em que o \u201cAngels Cry\u201d completa 30 anos – um novo \u00e1lbum de in\u00e9ditas, “Cycles of Pain”. Sucessor de “\u00d8mni\u201d (2018), o trabalho, que celebra o legado do grupo de power metal, inclui 12 faixas e a participa\u00e7\u00e3o de v\u00e1rios convidados especiais.<\/p>\n
Lenine (“Vida Seca”), Vanessa Moreno (“Tide of Changes \u2013 Part II”, “Here in the Now”), Amanda Somerville e Juliana D’Agostini (“Tears of Blood”) aparecem no projeto. Ainda, Kiko Loureiro (ex-membro, atual guitarrista do Megadeth) e Fernanda Lira (vocalista e baixista da Crypta) integram o time em uma vers\u00e3o alternativa da faixa \u201cTears Of Blood\u201d.<\/p>\n
“Nos \u00faltimos cinco anos vivemos muitas dores pessoais e coletivas, desafios, frustra\u00e7\u00f5es, gl\u00f3rias e sucesso, numa montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que viraram um caldeir\u00e3o gigante de assuntos e inspira\u00e7\u00f5es. No ano de 2019 faleceu meu pai e, poucos meses ap\u00f3s, o Andre Matos, que foi um impacto em minha vida. Conhe\u00e7o as dificuldades dos meus companheiros de banda tamb\u00e9m. A pandemia deixou marcas em todos n\u00f3s, lidando diariamente com a sombra da doen\u00e7a e da morte. Portanto, esse \u00e9 um \u00e1lbum denso, de viv\u00eancias e dores acumuladas. Acredito que este \u00e1lbum far\u00e1 a diferen\u00e7a na vida de muita gente e estabelecer\u00e1 um novo padr\u00e3o dentro do nosso estilo”, disse o guitarrista Rafael Bittencourt em comunicado. Completando durante conversa com o IbagensCast, “\u00e9 um \u00e1lbum de uma banda que se sente nova no mercado. Durante o processo, eu senti uma coisa, pelo momento de vida que eu estou, muito semelhante a quando fiz o ‘Angels Cry’, que tudo era alegria, novidade, tudo era bom.”<\/p>\n
Dennis Ward, frequente colaborador, cuidou da produ\u00e7\u00e3o, enquanto Erick Pasqua, ilustrador, ficou respons\u00e1vel pela capa, que reflete a dor humana. Como explicou ao jornalista Gustavo Maioto para o Whiplash, a arte – uma pintura digital com base na intelig\u00eancia artificial – \u00a0cont\u00e9m um anjo, tradicional no universo da banda, refer\u00eancias (algumas mais \u00f3bvias, outras nem tanto)\u00a0a trabalhos anteriores (como “Angels Cry”, com o trigo, e “Omni”, com o disco voador) e elementos da cultura brasileira, todos harmonizados, sem parecer uma colagem. Para os clipes, os m\u00fasicos tamb\u00e9m trabalharam com Leo Liberti, que j\u00e1 dirigiu v\u00eddeos de Dee Snider e Megadeth.<\/p>\n
A atual forma\u00e7\u00e3o do Angra, al\u00e9m de Bittencourt, \u00e9 composta por Fabio Lione (voz), Marcelo Barbosa (guitarra), Felipe Andreoli (baixo) e Bruno Valverde (bateria). “Agora estamos na terceira gera\u00e7\u00e3o, na era do nosso terceiro vocalista”, pontua Bittencourt.<\/p>\n
Na \u00faltima quinta-feira (26), a banda fez uma audi\u00e7\u00e3o especial e antecipada do disco para convidados e f\u00e3s que adquiriram os ingressos – vendidos em quantidade bem limitada. A a\u00e7\u00e3o foi uma parceria da Top Link Music com a School of Rock.<\/p>\n
Com a presen\u00e7a do empres\u00e1rio Paulo Baron e um clima descontra\u00eddo, recheado de risadas, piadas e sintonia, os integrantes, ansiosos para \u201cfinalmente mostrar o \u00e1lbum para algu\u00e9m\u201d, deram alguns detalhes in\u00e9ditos sobre o projeto.<\/p>\n
A respeito da composi\u00e7\u00e3o<\/strong><\/em>: Segundo o vocalista Fabio, todas as m\u00fasicas est\u00e3o conectadas e possuem letras atuais e profundas. A tem\u00e1tica da dor amarra as faixas e vem acompanhada de uma mensagem positiva, como um \u201cclamor para enfrentamento dos momentos dif\u00edceis\u201d. Conforme Rafael, todos passaram por perdas e ficaram com cicatrizes durante a pandemia, que acabou inspirando o projeto. \u201cSomos consequ\u00eancia dos momentos de dor\u201d, afirma.<\/p>\n Inicialmente, como explicitou Felipe, a cria\u00e7\u00e3o foi complicada devido \u00e0 dist\u00e2ncia f\u00edsica, j\u00e1 que cada um dos membros estava em um local diferente do mundo. Logo ficou claro que o trabalho n\u00e3o poderia tomar forma remotamente, sem que estivessem na mesma sala. Ent\u00e3o, com a turn\u00ea de 20 anos do \u201cRebirth\u201d, os parceiros puderam se encontrar e se reconectar. Juntos, passaram um tempo em Campos do Jord\u00e3o compondo e as coisas flu\u00edram muito r\u00e1pido.<\/p>\n Ao longo do processo de composi\u00e7\u00e3o, os m\u00fasicos costumam utilizar a opini\u00e3o dos f\u00e3s como norte, mas primeiro optam por sua verdade art\u00edstica – at\u00e9 porque n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel agradar a todos, pois, nas palavras de Felipe, dentro da fanbase h\u00e1 uma variedade muito intensa, passando pelos admiradores do speed metal, do progressivo, da m\u00fasica brasileira, da m\u00fasica cl\u00e1ssica e das baladas.<\/p>\n \u201cO que liga tudo isso aqui \u00e9 que a gente se admira muito, a gente se inspira muito um no outro. Estamos no auge, o Felipe est\u00e1 compondo muito, fez um \u00e1lbum solo reconhecido mundialmente como um \u00e1lbum instrumental top, o Marcel\u00e3o, al\u00e9m de ser um guitarrista de primeira linha, tem curso, restaurante, escolas, ent\u00e3o ele tem uma vis\u00e3o do Angra e da carreira que n\u00e3o \u00e9 s\u00f3 fazer a m\u00fasica, ele entende de p\u00fablico, de marca, de administra\u00e7\u00e3o. O Fabio nunca cantou tanto na vida, sempre foi um vocalista impressionante, mas agora tem mais no\u00e7\u00e3o da quantidade de recursos e como us\u00e1-los. Bruno nem se fala, t\u00e1 tocando com v\u00e1rios artistas. Eu me vejo tamb\u00e9m no meu auge de maturidade, fazendo o podcast Amplifica, onde aprendo muito com outros m\u00fasicos, tendo mais consci\u00eancia do meu jeito de tocar, de compor\u201d, destacou Bittencourt.<\/p>\n A respeito das faixas<\/strong><\/em>: Durante o evento, os integrantes acabaram revelando algumas curiosidades sobre o tracklist. O coro de \u201cTides of Changes\u201d, por exemplo, faz refer\u00eancia \u00e0 \u201cCarolina IV\u201d. J\u00e1 \u201cFaithless Sancturary\u201d n\u00e3o era uma certeza t\u00e3o grande para o projeto, mas acabou sendo escolhida – com os integrantes brincando sobre ela ser “uma viagem” e como v\u00e3o toc\u00e1-la ao vivo devido \u00e0 velocidade.<\/p>\n \u201cHere in the Now\u201d, na verdade, era para fazer parte do “\u00d8mni\u201d. Uma vers\u00e3o semelhante foi apresentada ao produtor sueco do disco na \u00e9poca, que achou meio \u201ccafona\u201d a mensagem positiva sobre o mundo. A banda retrabalhou a faixa e a inclu\u00edram no novo projeto.<\/p>\n Indo para \u201cRide of The Storm\u201d, devido \u00e0 sonoridade ligada ao thrash metal, a can\u00e7\u00e3o tinha o working title de \u201cthrash\u201d. Por fim, a faixa de encerramento, “Tears Of Blood\u201d, \u00e9 cantada de maneira oper\u00edstica e usou de inspira\u00e7\u00e3o o musical \u201cO Fantasma da \u00d3pera\u201d. Na letra, Fabio \u00e9 como um eu-l\u00edrico que assassinou seu interesse rom\u00e2ntico e busca concilia\u00e7\u00e3o com a pr\u00f3pria culpa, enquanto Amanda \u00e9 o esp\u00edrito da amada. \u00c0\u00a0Alpha<\/em><\/strong>, Bittencourt comentou:\u00a0\u201cEu n\u00e3o sou o maior entendedor de musical do mundo. Eu vi uma vez a Tarja Turunen performando \u2018O Fantasma da \u00d3pera\u2019, e o Fabio falou \u2018eu preciso fazer uma m\u00fasica dessas que se encaixa com o Angra\u2019 e ficou o desafio. Dei uma olhada nos tipos de harmonia que eles usam, tipos de caminhos mel\u00f3dicos, e me inspirei na parada. N\u00e3o sou um grande conhecedor, mas eu acho que entre a \u00f3pera mesmo e o rock estariam os musicais, acho que d\u00e1 para o Angra se beneficiar dessa sonoridade.”<\/em><\/p>\n A respeito das parcerias<\/strong><\/em>: Na hora de escolher as parcerias, os m\u00fasicos procuram ser coerentes, para que as colabora\u00e7\u00f5es fa\u00e7am sentido dentro da m\u00fasica. O nome do Lenine j\u00e1 vinha flutuando no imagin\u00e1rio do Angra h\u00e1 anos e foi descrito como \u201cperfeito\u201d para a m\u00fasica \u201cVida Seca\u201d, trazendo muita verdade para a interpreta\u00e7\u00e3o por ser nordestino. O pr\u00f3prio brincou sobre \u201cdegustar as palavras\u201d enquanto gravava.<\/p>\n J\u00e1 em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 Vanessa Moreno, os m\u00fasicos acompanhavam e admiravam o trabalho dela, enquanto, com Juliana, tudo come\u00e7ou quando Rafael participou da grava\u00e7\u00e3o de um DVD do Doctor Sin e a conheceu.<\/p>\n Sobre a Amanda, os integrantes chegaram juntos \u00e0 conclus\u00e3o de seria bom ter a cantora, ex- Avantasia, no \u00e1lbum e entraram em contato com ela, que aceitou de imediato o convite. A artista era muito amiga de Andre Matos, ent\u00e3o at\u00e9 chorou com a m\u00fasica.<\/p>\n Com a participa\u00e7\u00e3o de Fernanda Lira, a vers\u00e3o alternativa de \u201cTears in Blood\u201d, chamada de \u201cspeak version\u201d, surgiu de\u00a0uma brincadeira com o produtor. O resultado foi t\u00e3o positivo que a banda ficou na d\u00favida de qual track incluir no trabalho final.<\/p>\n De acordo com Rafael, \u201ctem um interesse nosso de mostrar que o Angra n\u00e3o est\u00e1 fechado dentro do heavy metal, desde o primeiro \u00e1lbum, quando a gente gravou um cover da Kate Bush, quando a gente colocou um riff meio sertanejo em \u2018Never Understand\u2019.\u201d<\/p>\n A respeito dos clipes:\u00a0<\/strong><\/em>Al\u00e9m dos v\u00eddeos de \u201cTide of Changes\u201d, \u201cGods of The World\u201d e \u201cRide Into The Storm\u201d, outros dois clipes,\u00a0tamb\u00e9m dirigidos por Leo, ser\u00e3o divulgados. O diretor, que passou a ouvir Angra na adolesc\u00eancia e tocar uma guitarra Ibanez por causa de Kiko Loureiro, ficou bem livre para as cria\u00e7\u00f5es. Como o pr\u00f3prio destacou, tudo fluiu espontaneamente no processo. A homenagem para Andre Matos e o girassol em \u201cRide Into The Storm\u201d, por exemplo, surgiram de forma natural. Em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 \u201cTide of Changes\u201d, a ideia – que envolve o conceito de abdu\u00e7\u00e3o – era mostrar uma realidade que foge do nosso controle.<\/p>\n