Nome da Categoria: Coberturas
Nome da Categoria: Destaque
Nome da Categoria: Entretenimento

Alceu Valença faz show eletrizante no Tokio Marine Hall

Cantor pernambucano se apresentou em São Paulo com a turnê "Alceu Dispor"

O final de semana do feriado de 02 de novembro foi caótico para grande parte dos moradores da capital paulista devido às chuvas torrenciais e à falta de energia. Quem estava no Tokio Marine Hall neste sábado (4) à noite, pôde viajar no Táxi Lunar do cantor pernambucano Alceu Valença.

O artista fez um show solo em São Paulo, uma apresentação que faz parte da turnê “Alceu Dispor”. Em mais de uma hora e meia de cantoria, Alceu contou histórias, animou uma plateia conhecedora de seus grandes sucessos e ainda teve tempo de fazer brincadeiras para aliviar o clima. 

A tour começou neste ano na Europa, passando por 8 cidades como Amsterdam, Barcelona e Lisboa. A empreitada vai virar inclusive um documentário, com 5 episódios mostrando os bastidores desta viagem para o Velho Mundo. 

No entanto, aqui em São Paulo, Alceu encontrou um território já bem conhecido e um público que sabia na ponta da língua as suas letras mais icônicas. O repertório do show passou por sucessos como “Pelas Ruas Que Eu Andei”, “La Belle de Jour” e “Anunciação”. Mas Alceu não deixou de fazer um aceno às suas origens e tocou canções como “Baião”, “Morena” e “Pisa na Fulô”. Tudo sempre com muita animação e um sorriso largo no rosto de um dos principais expoentes da música nordestina.

Alceu Valença: o “rock que não é rock”

Como costumeiro, Alceu apresentou cada músico de sua banda e aproveitou a deixa para contar sobre sua juventude e até explicar um pouco sobre seu estilo musical. Foi o próprio Rei do Baião, Luiz Gonzaga, quem nomeou a produção artística de Alceu como “pífano elétrico”. Ele explica o que é o instrumento como “duas flautas que tocam juntas”. O cantor de São Bento do Una até encantou o público com sua anedota do jornalista do The New York Times que o caracterizou uma vez como o “rock que não é rock”. 

Entretanto, uma das partes mais interessantes da experiência de ver o cantor ao vivo é a interação com o público. Ao tocar “Girassol”, por exemplo, Alceu deixa a plateia cantar palavra por palavra um dos refrões mais chicletes de sua discografia. Em “Táxi Lunar”, o Tokio Marine Hall se encheu de lanternas de celular e todas as luzes do palco ficaram baixas, numa simulação de uma viagem espacial. 

Para encerrar a apresentação, Alceu Valença recorreu à comédia e fingiu sair do palco “Eu vou sair e você falam “Alceu, cadê você? Eu vim aqui só para te ver”. Ao fazer uma cena para se retirar, ele ainda completou dizendo “Todo artista é mentiroso. O único que tem coragem que admitir isso sou eu”. Mesmo sem a dramatização de Alceu, os espectadores ainda assim pediriam mais, só para poder cantar “Morena Tropicana”. 

Com 77 anos e uma disposição invejável, o cantor, compositor e instrumentista Alceu Valença trouxe ao Tokio Marine Hall cor para um sábado cinza. Definitivamente, uma experiência que fez todo público ter vontade de levantar da cadeira e dançar junto com o artista.

Novos conteúdos

Relacionados

Relacionados

Escanear o código